Translate

quarta-feira, 13 de junho de 2012

População será a mais afetada pelas mudanças climáticas


População será a mais afetada pelas mudanças climáticas

13.06.2012



Historicamente a região sofre com os efeitos das secas e estiagens. Este ano vive uma das piores dos últimos 40 anos
Com área estimada em 966 mil quilômetros quadrados - desse total, 850 mil é formado pelo seu principal bioma, a Caatinga -, o semiárido brasileiro ocupa 10% do território nacional e abriga 23 milhões de pessoas.


O Semiárido brasileiro concentra diversos biomas, sendo a Caatinga o maior, ocupando quase a totalidade de sua área. Um dos principais desafios é conciliar o uso sustentável da Caatinga e desenvolvimento, já que 60% do bioma sofreu interferência

Região de clima quente, com chuvas escassas e propensão às secas, fenômeno que acompanha a história do semiárido nordestino, cujos primeiros relatos datam de 1534.

Após quase um século da utilização de modelos de combate ao fenômeno - construção de açudes, criação de agências de fomento e o uso político, como a "indústria da seca"-, hoje, a compreensão da convivência com o semiárido inaugura um novo discurso.

Não apenas no campo científico, mas no terreno do político e social. Estudos mostram que as regiões semiáridas serão as mais afetadas pela mudanças climáticas. Nos próximos 100 anos, a temperatura do Planeta pode aumentar entre um e cinco graus, prevê o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Esses efeitos passaram a ser sentidos com maior intensidade após a Revolução Industrial que contribuiu para o aumento da concentração de carbono na atmosfera. No entanto, pesquisadores, a exemplo do integrante do grupo Manejo de Água e Solo no Semiárido (Massa), Deodato do Nascimento Aquino, aluno do Doutorado do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Ceará (UFC), reclamam da falta de incentivo para pesquisa na região.

"Antes, não existia incentivo". O estudante diz que as pesquisas estão começando agora, atentando para os riscos da desertificação.

Essas terras "compreendem 40% do território global, 30% da população e mais da metade da pobreza do mundo", pontua o economista e professor Antônio Rocha Magalhães, que atualmente trabalha como assessor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).

No Brasil, a região concentra os maiores índices de pobreza, sendo considerado o calcanhar de Aquiles para a erradicação da pobreza extrema brasileira, que segundo promessa do Governo Federal, será página virada até 2014.

Nova estética

Decantado em prosa e verso, a exemplo da Literatura de 30 e do Cinema Novo, com sua estética da fome, o semiárido o nordestino mostra que é possível reverter esse quadro. Embora faça parte de uma realidade mundial, materializada nos prognósticos das mudanças climáticas.

As consequências serão mais desastrosas nas regiões semiáridas, a exemplo do Nordeste brasileiro, onde existem áreas que concentram altos índices de desertificação. No Ceará, a região do Jaguaribe é uma das mais afetadas. Assim como devem ser agravados os problemas de abastecimento de água e escassez de alimentos, as migrações devem aumentar, no mundo todo.

O Nordeste, que nas décadas de 1960 e 1970 viu grande parte de sua população migrar para as terras do "Sul", pode vir a sofrer novo pesadelo. Assim como países da África. O investimento em pesquisa e educação das populações dessas regiões constitui uma das formas de conviver com essa nova realidade.

Situação piorou

"A situação concreta de degradação e desertificação tem piorado durante esses 20 anos", avalia Antônio Rocha Magalhães. Da Segunda Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semiáridas (Icid + 18) para a Rio + 20, poucas modificações podem ser observadas no cenário dessas regiões, reconhece.

"Passaram-se menos de dois anos, é um prazo curto", justifica. O quadro pintado pelo pesquisador não é dos mais favoráveis quanto à sustentabilidade, sobretudo quanto ao problema da desertificação, adaptação às secas e aos prognósticos referentes às mudanças climáticas.

FIQUE POR DENTRO
Plano piloto de recuperação é urgente no CE
"A intenção é recuperar os recursos hídricos, a biodiversidade e tornar a área produtiva. Só as plantas mais rústicas sobrevivem nessas condições", justifica Sônia Perdigão, engenheira agrônoma da Funceme, coordenadora de projeto de área degradada do Médio Jaguaribe e municípios circunvizinhos. Lamenta que as queimadas continuam sendo praticadas.

No entanto, comemora a recuperação do município de Canindé. "Existem áreas que estão sendo plantadas pelos agricultores. "Vamos replicar essas ações no Estado", conta, completando que culturas como milho, feijão e mandioca não nascem mais em áreas desertificadas.

É necessária a utilização de técnicas para que as plantas nativas tenham condições de nascer. Isso demonstra que estão no caminho certo. Ou seja, a aplicação do plano de recuperação das áreas degradadas. Informa que será á feito em escala piloto, com a realização de obras de contenção e manejo adequado.

O zoneamento ecológico e econômico, assim como e o levantamento de solo são necessários para o melhor conhecimento do território cearense. Ressalta que existem ações pontuais, a exemplo do trabalho que a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) realiza para a conservação e manejo de solo, construção de barragens subterrâneas que captam água para populações difusas. Essas ações não degradam a terra.

Além da gestão de bacias realizada pela Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) e construção de açudes. Sônia Perdigão destaca a importância dos comitês de bacias, completando que a Funceme e a SRH trabalham com as informações climáticas e meteorológicas. Muitos comitês definiram que só irão liberar água para o consumo humano caso não chova mais este ano.

Ela afirma que o Ceará é muito suscetível à desertificação, por dois motivos: primeiro, devido à vulnerabilidade às mudanças climáticas, e, segundo, em função das ações do homem. Destaca que o foco do trabalho é o desenvolvimento sustentável.

Desertificação é intensa no JaguaribeCom 92% de seu território localizado no bioma Caatinga, algumas regiões do Ceará apresentam altos índices de degradação ou estão em processos de desertificação. Irauçuba, Inhamuns e Médio Jaguaribe são as mais afetadas.

O alerta veio em 1992, quando estudo da Conferência Internacional sobre Clima e Desertificação (Icid) identificou que 10,2% de áreas do Estado encontravam-se em processo de desertificação. Em 2010, os estudos continuaram.

"Passamos a conhecer melhor o ambiente físico e compreender os efeitos do clima", admite Margareth Benício, gerente do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Desde a Icid + 18, a Funceme foi indicada para ser a instituição responsável pela pesquisa em informações climáticas, meteorológicas e ambientais do Estado. Além de adquirir equipamentos.

"O Ceará é um pouco carente em estudos básicos". Em 2005, o Brasil criou o Plano Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, ficando determinada a criação dos planos estaduais. O Programa tem o objetivo de traçar as diretrizes da política de combate à desertificação. O Estado deve percorrer um longo caminho para reverter a situação, sendo necessário dar o primeiro passo: o zoneamento ecológico e econômico das áreas desertificadas que estão sendo trabalhadas.

"Metade do trabalho está feito e foram realizadas oficinas de campo", observa Margareth Benício. A finalidade do estudo é verificar a melhor forma de ocupar o território, sendo estudados vários aspectos da região como solo, clima, geologia, geomorfologia e vulnerabilidade social.

As oficinas de trabalho servem para orientar como será feita a ocupação dessas zonas em cada município, já que elas são vulneráveis. "Indicar a forma de manejo e projetar cenários futuros só será possível conhecendo a vulnerabilidade dessas áreas".

As s regiões estudadas diferem um pouco em termos de vegetação, já que o clima é homogêneo. Os solos são diferentes, por isso necessitam de um manejo específico para cada um. "Estão bem degradadas, sendo os municípios de Jaguaribe os mais atingidos". Não existe uma pesquisa que possa comprovar quais as causas da degradação. A utilização da terra pelo gado pode ser uma das causas, além do algodão ou de ambos.

Área

10% 
é quanto o semiárido ocupa do território nacional, região que abriga 23 milhões de pessoas, e concentra os maiores índices de pobreza do País

92% é o percentual da área do território do Ceará que se encontra localizado no bioma Caatinga e algumas regiões apresentam altos índices de desertificação 

O uso racional da água e o combate ao seu desperdício são hoje uma preocupação mundial. Alguns estudos de instituições internacionais estimam que até 2025 um terço da população mundial experimentará efeitos extremos de escassez de água. Com a preocupação e agravamento de falta de água, as pessoas devem assumir uma nova forma de pensar e agir, mudando seus hábitos e desenvolvendo formas de economizar água. Nossa proposta é expor algumas formas economizadoras que se pode aplicar na vida cotidiana de cada cidadão.Alunos do 6º Ano, aulas de Geografia!!



Entrega do folder produzido pela turma do 6º Ano



   Cartazes criados pela turma:




terça-feira, 24 de abril de 2012

Poesia - reflexão
SINTO VERGONHA DE MIM

Sinto vergonha de mim…
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o “eu” feliz a qualquer custo,
buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”,
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer…

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro !

***

” De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto “.

(Rui Barbosa)

terça-feira, 13 de março de 2012


Sugestões de Filmes Importantes

  • 10.5 O Dia Que a Terra Não Aguentou - As consequência de um super terremoto que abala os estados unidos. Muito bom para quem trabalha como professor de geografia, o difícil é só encontrá-lo
  • Desafiando Gigantes - Como a fé pode mudar a vida das pessoas. Um filme emocionante.
  • Diamante de Sangue - Mostra a guerra cívil em Serra Leoa, a violência, o tráfico de diamantes e questiona como esses fatos não é divulgado nas grandes redes de comunicação;
  • Diário de Motocicleta - Esse filme mostra o jovem Ernesto Guevara em uma viagem pela América do Sul em cenários como a Cordilhiera dos Andes, Machu Picchu, Atacama e Amazônia Peruana e como essa viagem contribuiu na mudança da mentalidade e na formação do "herói latino";
  • O Que é Isso Companheiro - Como os estudantes brasileiros lutavam contra a Ditadura Militar.
  • O Senhor das Armas - A vida de traficante de armas, o poder que eles possuem diante das autoridades dos países e a violência decorrente;
  • Sete Anos no Tibete - Baseado nas aventuras de um alpinista que em expedição ao Himaláia, acaba conhecendo o Tibete e tem sua vida mudada graças a isso.
  • Um Sonho de Liberdade - A luta de um condenado pelo seu sonho. Um filme lindo.

domingo, 11 de março de 2012



Clique para entrar num ótimo blog



Pessoas com vidas interessantes não têm fricote. 
Elas trocam de cidade. Investem em projetos sem garantia. 
Interessam-se por gente que é o oposto delas. Pedem demissão sem ter outro emprego em vista.

Aceitam um convite para fazer o que nunca fizeram. Estão dispostas a mudar de cor preferida, de prato predileto. começam do zero inúmeras vezes. Não se assustam com a passagem do tempo. 

Sobem no palco, tosam o cabelo, fazem loucuras por amor, compram passagens só de ida..!!!

Seja uma delas.

( Martha Medeiros 





PARTICIPAÇÃO NO CONGRESSO DE FILOSOFIA-NOVA BOA VISTA-RS
8ª SÉRIE

TEMA: LIBERDADE

















VIAGEM DE ESTUDOS- VOÇOROCAS DO IVAÍ

ALUNOS DE 5ª A 8ª  SÉRIES
VIAGEM DE ESTUDOS NAS VOÇOROCAS DO IVAÍ- FORTALEZA DOS VALOS(VIAGEM DE ESTUDOS REALIZADA EM 2011)


As “voçorocas podem ser o resultado de erosão superficial, erosão subsuperficial e movimentos
de massa” (BACELLAR, 2006). De acordo com PEREIRA, entre outros, (sem data), segundo sua
classificação, “as voçorocas podem ser classificadas conforme seu grau de desenvolvimento em: ativa,
inativa e paleovoçoroca”, seguindo seu raciocínio “o grau de atividade pode ser definido pelo grau de
suavização de suas bordas e pela presença de vegetação” (PEREIRA et al., sem data), voçorocas com
níveis baixos de vegetação e com encostas mais íngremes são classificadas como ativas.
Segundo BACELLAR (2006), o processo de desenvolvimento se dá nos diferentes seguimentos
das encostas das voçorocas, onde atuam diferentes processos de erosão, ocorrendo pequenos
deslizamentos rotacionais, o que acabará gerando um fluxo de movimento de massa, mesmo após o
período chuvoso. Ainda segundo BACELLAR (2006), existem fatores que atuam na intensidade da
erosão: a erosividade do agente (potencial de erosão da água), e a erodibilidade do solo (representa a
suscetibilidade à erosão do solo).



PROJETO: ÁGUA, SAÚDE PARA TODOS
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL ALFREDO BRENNER
DIRETORA: ELISIANE A. KURZ
COODENADORA PEDAGÓGICA: CARMEN T.V. DA SILVA
COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA
PROFESSORA: SONIA BUDKE DONEDA
ANO/SÉRIE: 6ºANO, 6ª, 7ª e  8ª SÉRIES                         ANO: 2012

Justificativa: o trabalho com o tema: ÁGUA, SAÚDE PARA TODOS, que se propõe aqui, deverá apresentar para as crianças uma visão ampla que envolve inúmeros problemas que o mundo atual vem enfrentando com relação à falta de água. O projeto deve ser desenvolvido visando proporcionar aos alunos uma grande diversidade de experiências, com participação ativa, para que possam ampliar a consciência sobre as questões relativas à água no meio ambiente, e assumir de forma independente e autônoma atitudes e valores voltados à sua proteção e conservação. Ao lado da biodiversidade e do aquecimento global, a disponibilidade de água está se tornando uma das principais questões socioambientais do mundo atual. Relatórios da ONU indicam que quase 20% da humanidade - cerca de 1 bilhão de pessoas - não têm acesso à quantidade mínima aceitável de água potável e aos 20 a 50 litros diários necessários para beber, cozinhar e tomar banho. Em contrapartida, o consumo per capita em países ricos como Estados Unidos e Canadá é de 300 litros diários de água. Inúmeras regiões do planeta já estão marcadas pela escassez e pelo estresse hídrico - desequilíbrio entre demanda e oferta de água, causado, entre outros fatores, pela contaminação dos recursos. Esse quadro vem gerando disputas e conflitos.
Objetivos gerais: Ajudar os alunos a descobrirem os sintomas e as causas reais dos problemas que o Brasil vem enfrentando com a poluição e a falta de água, onde possam: 
- perceber as interferências negativas e positivas que o homem pode fazer na natureza, a partir de sua realidade social; 
- reconhecer que a qualidade de vida está ligada às condições de higiene e saneamento básico, à qualidade do ar e do espaço; 
- adotar, por meio de atitudes cotidianas, medidas de valorização da água, a partir de uma postura crítica; 
- levar os alunos a entenderem que o equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos; 
- conscientizar que a água não deve ser desperdiçada, nem poluída, etc. 

Problematização: através das experiências já vividas pelos alunos no seu âmbito familiar, a principal função desse projeto é de contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem diante da realidade em que o mundo vem enfrentando com a poluição e a escassez de água. Para isso, é necessário que mais do que informações e conceitos, mas atitudes e formação de valores, que serão apreendidos na prática do dia-a-dia, no meio social.
 Etapas Previstas: 
Ano/Serie 
6ºAno , 6ª série

1.De onde vem a água? Como ela chega até as nossas casas, pronta para o consumo? Como a utilizamos? Como podemos economizá-la, evitando o risco de o recurso faltar no futuro? Essas questões podem ser o ponto de partida para planos de estudo, projetos ou sequências didáticas sobre a questão da água. 
 Propor, de início, que os alunos elaborem, em pequenos grupos, listas com o uso da água em suas atividades diárias: para beber, tomar banho, escovar os dentes e lavar as mãos e o rosto, cozinhar, lavar objetos etc. Conversando entre si, podem descobrir também outros usos não diretamente ligados ao seu próprio cotidiano, como o agrícola e o industrial.  Os trabalhos serão mostrados  à turma e discussão os resultados, destacando a presença e a importância da água em praticamente tudo o que fazemos. Aproveite e assinale, também, que ela é essencial ao organismo humano porque ajuda a regular a temperatura do corpo e a diluir ou transportar substâncias.

2.As turmas podem iniciar esta aula assistindo ao vídeo Saber sobre a água. Como ele também mostra aspectos do ciclo da água na natureza e sua presença na superfície terrestre (rios, lagos e mares) e na atmosfera, pode-se aproveitar para conversar sobre isso com os estudantes. Estimular a falar sobre aspectos climáticos que já tenham observado, como os períodos de maior ou menor precipitação, que denotam padrões sobre a presença da água. Assinalar  que a Terra é o único planeta do Sistema Solar que tem a água nos três estados (sólido, líquido e gasoso). Ao final da aula, eles podem fazer representações em desenhos, textos ou colagem de figuras sobre os caminhos da água, sem a preocupação com a precisão sobre termos e processos neste momento.
3. Com base no que já foi visto, propor aos estudantes o debate sobre formas de economizar e utilizar adequadamente a água (a reportagem "Poluição e desperdício reduzem a água disponível no Brasil" tem dados sobre usos e consumo no Brasil ). Esclarecer  que, para chegar às residências e aos estabelecimentos comerciais e industriais, a água é captada em rios, lagos ou reservatórios, vai para uma estação de tratamento, onde passa por processos de filtragem e purificação, sendo distribuída pela rede aos domicílios e estabelecimentos, pronta para o consumo. Recomenda-se filtrar ou ferver a água antes de bebê-la. 
Organizado em pequenos grupos, o pessoal pode elaborar folhetos com dicas para economizar água. Nas residências, é preciso atenção especial com o uso da água no banheiro (não tomar banhos demorados, fechar a torneira ao escovar os dentes ou fazer a barba, consertar vazamentos etc.), na cozinha (manter torneiras fechadas ao ensaboar a louça), evitar o uso de mangueiras em jardins e na lavagem de carros ¬- o gasto de água é muito maior do que com o uso de balde. O controle do consumo residencial pode ser acompanhado pela leitura da conta mensal. Os mesmos procedimentos valem para os ambientes de trabalho. Chame a atenção dos estudantes para as responsabilidades do poder público, encarregado de consertar ou instalar redes de abastecimento e coleta de água e tratamento de esgotos, fazer reparos em vazamentos ou realizar a limpeza de espaços públicos. Os alunos podem desenhar ou colar figuras e desenhos para ilustrar o folheto, que pode ser distribuído a outras turmas da escola e à comunidade.
4. Análise do texto:Carta escrita em 2070.
7ª e 8ª séries

1.Qual é o destino da água disponível? Quais são os setores que mais consomem água no mundo? E no Brasil, como é essa proporção? Existem usos que não comprometem as reservas? Quais são eles? Essas são algumas indagações importantes quando o assunto é a água. Elas podem ser consideradas pontos de partida para projetos de trabalho, sequências didáticas e aulas sobre o tema. 
Solicitar  aos alunos que, também em pequenos grupos, preparem listas com os usos possíveis da água e elaborem quadros com classificações sobre usos, setores e suas repercussões em relação às reservas do recurso. Peça que as equipes apresentem os resultados e construa, em conjunto, um quadro-síntese. 

2.Em seguida, lançar  algumas questões: o que todos entendem por uso da água? Há diferenças entre os usos? Quais? Esclarecer que a água é um recurso com múltiplas utilidades. E, assim como ocorre com outros recursos naturais, existem usos com e sem intervenção humana, ou ainda, sem grandes transformações nos espaços. Mostre que o uso é um elemento essencial de incorporação da natureza pelas sociedades. Dessa forma, os sistemas naturais foram se tornando extensões dos sistemas técnicos humanos. 
Não por acaso, diversas culturas se instalaram junto às margens de rios, que passaram a compor os sistemas urbanos, seja para captação de água ou de alimentos para o consumo, seja para o transporte e mesmo a dispersão de resíduos - algo cujo resultado é bem conhecido. Nessas áreas, de acordo com as técnicas disponíveis, cursos de rios foram alterados, construíram-se barragens e houve a captação de água para uso agrícola. Entre os usos sem intervenção estão a navegação e a pesca, o que não significa necessariamente a ausência de efeitos indesejáveis. 
Vale dizer que algumas dessas aplicações tornaram-se insustentáveis do ponto de vista social, ecológico e econômico. Ou seja, há usos que comprometem outros usos, às vezes de forma irremediável. Por exemplo, usar um rio ou lago para o despejo de resíduos domésticos e industriais impede que a água seja bebida pelos seres humanos e prejudica a reprodução da flora e da fauna aquáticas, além de impedir que as margens se tornem áreas de lazer. Peça que registrem as conclusões (veja outras informações na reportagem Quantos litros de água potável existem na Terra?, do Planeta Sustentável) 

3,Retomar  as discussões das aulas anteriores e proponha que os alunos examinem os gráficos abaixo. Eles podem verificar que as proporções dos usos são semelhantes no Brasil e no mundo. Nos dois casos, cerca de dois terços da água disponível destinam-se à agropecuária. No cenário mundial, parte significativa do recurso vai para a irrigação de culturas agrícolas, como arroz, soja e trigo, e um montante ainda maior para o gado, a chamada dessedentação animal. Em alguns países, a destinação para uso industrial também é importante. No Brasil, o Código de Águas de 1934 enfatizava a necessidade de usá-la para produção de energia e para atividades industriais, num contexto em que o país iniciava sua arrancada para o crescimento econômico. Nos últimos anos, em especial após 1997, com a nova Lei de Águas e a instituição da Política Nacional de Recursos Hídricos, esse quadro mudou. Estabeleceu-se que, em situações de escassez e conflitos de uso, as prioridades são o abastecimento humano e a dessedentação animal. Entretanto, há conflitos e disputas evidentes no país. Proponha que os estudantes façam rápidas pesquisas na internet ou na biblioteca da escola e situem alguns deles, como o da transposição das águas do rio São Francisco e o uso de bacias do interior, como a do rio Piracicaba, para abastecer a metrópole paulistana. A poluição por dejetos industriais e domésticos, assim como o desperdício e as perdas na rede agravam esse quadro - mesmo num país como o Brasil, que tem grande disponibilidade natural (a reportagem Líquido precioso, do Planeta Sustentável, traz outros dados sobre o tema). 
Os alunos podem refletir sobre até que ponto vale a pena manter o padrão de uso da água para culturas agrícolas de exportação, como a soja, que serve à produção de ração para o gado na Europa e na China, países que importam o produto do Brasil. Entre as propostas estão a destinação da água de reuso (tratada para usos não-potáveis) para a agricultura e a recuperação de matas ciliares. O tema pode ser objeto de uma dissertação individual que discuta e avalie criticamente perspectivas para a água com base nos usos atuais. 

,4. Proponha aos alunos que procurem em jornais e revistas matérias sobre a situação da água nas grandes cidades e montem dois murais: um que mostre matérias com informações positivas sobre essa situação e outro que mostre matérias com informações negativas.

O professor pode orientar os alunos para uma reflexão sobre esse assunto;

 Recursos didáticos: são todos os materiais, atividades e soluções utilizadas durante a realização do projeto, como revistas, jornais, livros, passeios, entrevistas com pessoas da família e da sociedade, cola, tesoura, papéis para o mural, enfeites, gravuras xerocadas, etc.
Avaliação: deverá ser feita de forma contínua, com relatórios descritivos de cada etapa, das discussões do grupo, das atitudes diante do projeto, etc. O professor deverá avaliar também a participação e o envolvimento de cada aluno, de forma individual, bem como avaliar o desenvolvimento de seu trabalho de forma crítica e construtiva.
Conclusão: Espera-se que ao término do projeto as crianças estejam conscientes da importância da água tanto para a vida animal como para a vegetal, que saibam utilizá-la sem desperdício e sem poluí-la, levando para seu meio social todos esses aprendizados.

ANEXOS:
Poluição e desperdício reduzem a água disponível no Brasil
O país é rico em disponibilidade de água, com 12% do total do mundo, mas a distribuição no território é muito desigual


Se o assunto é água, o Brasil é um país privilegiado. Sozinho, detém 12% da água doce de superfície do mundo, o rio de maior volume e um dos principais aqüíferos subterrâneos, além de invejáveis índices de chuva. Mesmo assim, falta água no semi-árido e nas grandes capitais, porque a distribuição desse recurso é bastante desigual. Cerca de 70% da reserva brasileira de água está no Norte, onde vivem menos de 10% da população. Enquanto um morador de Roraima tem acesso a 1,8 milhão de litros de água por ano, quem vive em Pernambuco precisa se virar com muito menos – o padrão mínimo que a ONU considera adequado é de 1,7 milhão de litros ao ano. A situação pode ser pior nas regiões populosas, nas quais o consumo é muito maior e a poluição das indústrias e do esgoto residencial reduz o volume disponível para o uso. É o caso da bacia do rio Tietê, na região metropolitana de São Paulo, onde os habitantes têm acesso a um volume de água menor do que o recomendado para uma vida saudável. 

Além da poluição, o que preocupa a maior metrópole do país é a ocupação irregular das margens de rios e represas, como a de Guarapiranga, que mata a sede de 3,7 milhões de paulistanos. A seu redor, vivem cerca de 700 mil habitantes. Com o desmatamento das margens para a construção das casas, grande quantidade de sedimentos foi arrastada para a represa, que perdeu sua capacidade de armazenamento e ainda recebe o esgoto de muitas residências. O problema se repete na represa Billings, também responsável pelo abastecimento de São Paulo. Esse manancial é destino final das águas poluentes que são bombeadas dos rios Tietê e Pinheiros para manter seu curso. 

A alternativa foi trazer água de uma bacia hidrográfica vizinha, a do rio Piracicaba-Jundiaí-Capivari, que abastece a metade da metrópole paulistana. Isso acabou gerando uma disputa regional. No total, 58 municípios compartilham esse manancial, e a solução foi criar o Banco das Águas, um acordo que estabelece cotas de captação para a região metropolitana de São Paulo (31 metros cúbicos por segundo) e para o conjunto dos municípios da região de Piracicaba (5 metros cúbicos por segundo). Nesse sistema, tanto um lado como o outro podem ir além desses limites como compensação, caso tenha retirado menor quantidade de água em períodos anteriores.

DEMOCRATIZAÇÃO DA ÁGUA
Essa política de uso das águas foi definida por um comitê, formado em 1993, para acabar com a briga sobre quem tinha direito a que nessa bacia hidrográfica. Esse modelo, pioneiro no Brasil, inspirou quatro anos depois a Lei das Águas, dando a possibilidade de criar em nível nacional um sistema que harmonizasse os diversos usos dos mananciais – geração de energia, abastecimento da população e irrigação de cultivos. A Agência Nacional de Águas é o órgão do governo federal responsável pela gestão dos recursos hídricos no país. Esse trabalho é conduzido em parceria com os Comitês de Bacia, que se espalharam no Brasil, após a nova legislação. Os comitês reúnem representantes da sociedade civil em cada região para sugerir iniciativas para preservar os rios e evitar conflitos. 

A atual legislação reconhece os vários usos para a água e determina que a prioridade seja sempre para o abastecimento humano e animal.



Educa Tube: A Massa e a Mídia

Educa Tube: A Massa e a Mídia: A ilustração acima, descobri no Facebook, e trata-se de citação "A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a mass...

Educa Tube: Lições que aprendi quando era pequeno, por Gordon ...

Educa Tube: Lições que aprendi quando era pequeno, por Gordon ...: http://youtu.be/LQFED1tH0do O vídeo acima, Lições que aprendi quando era pequeno , que descobri por acaso no You Tube, se o despirmos d...

Educa Tube: O Som do Silêncio (animação, educação e inclusão)

Educa Tube: O Som do Silêncio (animação, educação e inclusão): O video acima, O Som do Silêncio , da ONG brasileira Vez da Voz, conta a história de uma menina surda e de como uma criança com deficiência...

Educa Tube: Visitem o fundo do mar com o Google Earth 5.0

Educa Tube: Visitem o fundo do mar com o Google Earth 5.0: Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=k_PPdLzD5ac Mais uma indicação do prof. Rafael Nink que merece ser repassada, socializada ao maior ...


   
   

REPORTAGEM


Poluição e desperdício reduzem a água disponível no Brasil
O país é rico em disponibilidade de água, com 12% do total do mundo, mas a distribuição no território é muito desigual


Se o assunto é água, o Brasil é um país privilegiado. Sozinho, detém 12% da água doce de superfície do mundo, o rio de maior volume e um dos principais aqüíferos subterrâneos, além de invejáveis índices de chuva. Mesmo assim, falta água no semi-árido e nas grandes capitais, porque a distribuição desse recurso é bastante desigual. Cerca de 70% da reserva brasileira de água está no Norte, onde vivem menos de 10% da população. Enquanto um morador de Roraima tem acesso a 1,8 milhão de litros de água por ano, quem vive em Pernambuco precisa se virar com muito menos – o padrão mínimo que a ONU considera adequado é de 1,7 milhão de litros ao ano. A situação pode ser pior nas regiões populosas, nas quais o consumo é muito maior e a poluição das indústrias e do esgoto residencial reduz o volume disponível para o uso. É o caso da bacia do rio Tietê, na região metropolitana de São Paulo, onde os habitantes têm acesso a um volume de água menor do que o recomendado para uma vida saudável. 

Além da poluição, o que preocupa a maior metrópole do país é a ocupação irregular das margens de rios e represas, como a de Guarapiranga, que mata a sede de 3,7 milhões de paulistanos. A seu redor, vivem cerca de 700 mil habitantes. Com o desmatamento das margens para a construção das casas, grande quantidade de sedimentos foi arrastada para a represa, que perdeu sua capacidade de armazenamento e ainda recebe o esgoto de muitas residências. O problema se repete na represa Billings, também responsável pelo abastecimento de São Paulo. Esse manancial é destino final das águas poluentes que são bombeadas dos rios Tietê e Pinheiros para manter seu curso. 

A alternativa foi trazer água de uma bacia hidrográfica vizinha, a do rio Piracicaba-Jundiaí-Capivari, que abastece a metade da metrópole paulistana. Isso acabou gerando uma disputa regional. No total, 58 municípios compartilham esse manancial, e a solução foi criar o Banco das Águas, um acordo que estabelece cotas de captação para a região metropolitana de São Paulo (31 metros cúbicos por segundo) e para o conjunto dos municípios da região de Piracicaba (5 metros cúbicos por segundo). Nesse sistema, tanto um lado como o outro podem ir além desses limites como compensação, caso tenha retirado menor quantidade de água em períodos anteriores.

DEMOCRATIZAÇÃO DA ÁGUA
Essa política de uso das águas foi definida por um comitê, formado em 1993, para acabar com a briga sobre quem tinha direito a que nessa bacia hidrográfica. Esse modelo, pioneiro no Brasil, inspirou quatro anos depois a Lei das Águas, dando a possibilidade de criar em nível nacional um sistema que harmonizasse os diversos usos dos mananciais – geração de energia, abastecimento da população e irrigação de cultivos. A Agência Nacional de Águas é o órgão do governo federal responsável pela gestão dos recursos hídricos no país. Esse trabalho é conduzido em parceria com os Comitês de Bacia, que se espalharam no Brasil, após a nova legislação. Os comitês reúnem representantes da sociedade civil em cada região para sugerir iniciativas para preservar os rios e evitar conflitos. 

A atual legislação reconhece os vários usos para a água e determina que a prioridade seja sempre para o abastecimento humano e animal.

Educa Tube: Carta escrita no Ano 2070

Educa Tube: Carta escrita no Ano 2070: Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=JW-DzkZM6YM O vídeo acima (de 6:41), mais que um exercício de futurologia é um material para trabal...




Educa Tube: Carta escrita no Ano 2070

Educa Tube: Carta escrita no Ano 2070: Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=JW-DzkZM6YM O vídeo acima (de 6:41), mais que um exercício de futurologia é um material para trabal...